sábado, 23 de outubro de 2010

Pelé. Especial 70 anos

Anúncio do SantosFC em homenagem a Pelé
>)))º> Olá amigos do Bloglorioso!

Hoje, 23 de outubro, a autoridade máxima do futebol mundial completa 70 anos de vida.

E eu não vi Pelé jogar...

Tudo o que sei sobre Pelé foi lendo, ouvindo histórias dos privilegiados que viveram aquela época, vendo seus filmes e, fazendo um pouquinho de esforço, até ouvindo suas canções.

Pelé não nasceu para cantar. Nasceu pra ser cantado. Seu nome ecoou nas arquibancadas desde 1956, em sua estréia pelo Santos em um campinho em Santo André, até a despedida em Nova Iorque, no Cosmos em 1977.

E eu não vi Pelé jogar...

Certa vez, em um botequim na capital paulista, Seu Pepe, o Canhão da Vila (o maior artilheiro do Santos humano, segundo ele), reuniu alguns amigos para contar suas histórias. Histórias e curiosidades sobre aquele timaço da década de 60, que ganhou tudo o que disputou, que jogava por música e era regido por Pelé.

Dentre os diversos contos de Pepe, o nome do Rei está presente o tempo todo. E foi nesse dia que tive a exata noção do que representava Pelé para o futebol.

“Uma vez ele foi expulso. Trocaram o juiz e ele voltou”, entre risos, conta Pepe.

E eu não vi Pelé jogar...

Depois desse dia mágico, conclui que Pelé foi um divisor de águas no futebol. Um dos poucos profissionais entre muitos que não levavam o futebol tão a sério assim. Dedicava-se de corpo e alma, treinava mais que os outros e, literalmente, dormia com a bola.

Ambidestro, o maior camisa 10 da história foi responsável direto na projeção do futebol brasileiro para o mundo e o fim da síndrome de cachorro que sofria nosso esporte mais popular, devido a amarga derrota na final da Copa do Mundo de 1950.

E eu não vi Pelé jogar...

Pelé, ainda garoto, ao ver seu pai chorando a derrota brasileira no Maracanã, prometeu: um dia eu ganharei uma Copa para o senhor. Prometeu e cumpriu. Apesar de muito jovem, aquele moleque franzino de Três Corações e vários pulmões só não imaginava que se tornaria o maior e mais importante atleta daquele século.

Pelé não era apenas um meia atacante. Tinha qualidades de sobra para cabecear como um centroavante, cruzar como um ponta, desarmar como beque, liderar como técnico e, na emergência, até pegar no gol.

E eu não vi Pelé jogar...

Seus números são impressionantes. Em uma só partida, chegou a marcar oito gols. Isso mesmo, oito gols! E, apesar de paralisar até uma guerra em excursão à África, a linha de frente daquele time era um verdadeiro arsenal, onde a única arma era uma bola de capotão.

Nenhum diplomata apresentou tão bem o Brasil para o mundo. Ninguém marcou tantos gols. Ninguém marcou um gol como Pelé. Até os gols que ele não fez são lembrados como obras de arte. Seu carisma e sua simpatia o tornam, até hoje, a pessoa mais querida do planeta.

É... Eu não vi Pelé jogar, mas tenho a honra de ter nascido na cidade que o acolheu. Tenho o privilégio de torcer para o único time onde o Rei desfilou sua majestade.

Obrigado, Pelé. Feliz aniversário, Rei.

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