>)))º> Olá amigos do Bloglorioso!
Ontem, antes do trágico jogo do Peixe, vi notícias de que um leve tremor de terra em Santiago assustou alguns jogadores do Santos... Ok, aí pergunto: seria um abalo sísmico, que é comum no Chile, ou foi a torcida do Colo-Colo pulando, gritando e cantando sem parar, no real espírito da Libertadores? – Entenda isso como uma crítica direta a diretoria, que colocou ingressos a 100 milhões de Reais, no jogo contra o Cerro Porteño, impedindo a torcida de lotar a Vila.
“A caminho do estádio. Tem uns terremotos estranhos aqui, viu. Tá louco #medo” – Neymar, tremendo, no Twitter.
Pois bem, abalados ou não, o gol de Elano aos 5 minutos do primeiro tempo não quis dizer muita coisa, e, sim, uma grande falha do goleiro Castillo, ponto.
Se bem aproveitado, o gol serviria para dar tranquilidade e um cartão de visita aos chilenos, mas a apatia e nenhum espírito de luta eram evidentes em todos os jogadores. Exceto por um que, mesmo limitado, se esforçou bastante: Adriano.
Paredes, que até ontem era o apelido do goleiro Rafael, no singular, ditou o ritmo de jogo e fez o que quis na articulação do Colo-Colo. Se o técnico deles desconhecia a existência de Ganso (o que não acredito), o Santos tinha obrigação de conhecer Paredes.
Ganso, bem marcado (que desmente o técnico adversário), sem ritmo, também é isento ao lado de Adriano. Pois, mesmo assim, ainda colocou Neymar na cara do gol por diversas vezes.
Elano, “O Lançador”, adotou o recurso de ligação direta (nem sempre com êxito) para evitar correr. E todos sabem o motivo... O jogador pode fazer o que quiser fora de campo, mas quando sua vida pessoal interfere na profissional, ele deve ser cobrado. Tá doente, pede afastamento, tá cansado, pede férias, tá desmotivado, pede demissão.
O técnico Martelotte tem Alex Sandro a disposição, mas não sei porque raios preferiu passar Pará pra esquerda, quando Léo saiu machucado, e devolver Danilo à sua posição só no caso de emergência.
Enfim, nada disso é mais importante do que espírito de luta, de raça e vontade de vencer. Perder no Chile seria um resultado normal, desde que o Santos tivesse feito sua parte dentro de casa, ou se tivesse perdido lutando. Com sangue nos olhos, até o Guarani de Campinas pode ser campeão da Libertadores. Ou o Once Caldas não foi um dia? - Libertadores não se joga bonito, se joga com convicção.
“Precisamos encarnar o espírito da Libertadores” – Elano, em lampejo de sabedoria, no globoesporte.com
Exemplo: no empate do Colo-Colo, Paredes recebeu a bola na área, trombou com Durval, caiu, levantou e fez o gol. Enquanto, em muitos lances, vi Neymar tentando cavar pênalti, reclamando de dedada no olho, etc... Será que não existe uma orientação óbvia de que os árbitros da Conmebol não são os mesmos da CBF ou FPF? – Caiu, levanta, coloca o olho no lugar e f...! Ou joga sem olho, c...! - Entenda isso como uma crítica direta a comissão técnica, que parece não exercer comando sobre o time e a diretoria, que é conivente com esse comodismo de todos no elenco. Pois é simples sair de campo e dizer que é preciso trabalhar durante a semana, corrigir os erros e blá, blá e blá... Como se o futebol fosse uma ciência exata.
Eu, sinceramente, espero muito que o presidente Luis Álvaro leia este post. Imagino que como toda a torcida, ele também esteja indignado. E sabe que é preciso levantar esse time com algum trabalho motivacional. Pegar um por um pelos dois braços e dar um chacoalhão mesmo, olho no olho, e falar: isso é Libertadores meu filho!
Afinal, se daqui pra frente a terra não tremer no CT Rei Pelé... Nos vemos no Brasileirão.
Melhores momentos: Colo-Colo 3 x 2 Santos