Um dia para sempre

>)))º> Olá amigos do Bloglorioso!

Há dias que venho tentando buscar palavras para definir o dia que vivi, o que senti e o que ainda estou sentindo desde o título do Santos na Libertadores, na última quarta-feira.

Tudo que pensei, as palavras que ouvi, os ombros amigos em que chorei, só me levam a crer que não adianta tentar moderar palavras, evitar ser piegas e não se emocionar com tamanha conquista do clube que amo.

Certo dia, antes da final da Libertadores, encontrei um conhecido que me pediu informações sobre o Santos, já que se classificou como aquele torcedor do tipo,“relaxado”. Sem hesitar, esclareci todas as suas dúvidas que estavam ao meu alcance, mas questionei seu desinteresse pelo clube, que ele mesmo afirmava torcer.

Meio sem jeito, o próprio se defendeu dizendo que a maioria dos jogadores ganha milhões, enquanto ele não leva um centavo sequer – Oras, pensei, você torce por amor ou por dinheiro? - Mas só pensei, não defendi minha tese, muito menos meu sentimento. Porque, creio eu, no sentido financeiro, meu amor pelo Santos é muito mais que desinteressado.

Baseado nessa conversa, que levou pouco mais de quinze minutos, é que defino o que senti naquela linda noite de quarta-feira, no Pacaembu. Não pude estar presente, é verdade, mas estava lá com a alma. Torci como nunca, sofri como jamais havia sofrido em toda minha vida assistindo a uma partida do Santos. E, no final, desabei. Chorei feito criança.

Foi como se o peso de um caminhão saísse de minhas costas, por ouvir, calado, tantas coisas durante todos esses meses e de todos os lados. Pois parece que todo santista tem uma carga extra de cobrança. Talvez por ser minoria, sei lá, por torcer para um time do interior, por quase sempre se classificar em último, por ter mais sorte que os outros, por nunca sair do luto de Pelé... Tudo isso, claro, segundo os rivais. Mesmo, repito, mesmo, sendo o maior campeão da década - Os números estão aí, basta se informar.

Muricy conseguiu o que perseguia há tanto tempo. E só não havia conquistado antes, talvez porque estivesse tentando no clube errado.

Muricy provou para o futebol brasileiro que arrumar a defesa, ter equilíbrio entre os setores defensivo e ofensivo, não é sinônimo de retranca.

O Santos provou que é possível, sim, aliar talento e força para vencer uma competição tão difícil quanto a Libertadores. O talento faz a diferença, força todos têm.

O melhor da Europa e o melhor da América provaram que a melhor receita se faz em casa. Messi, Puyol, Iniesta, Xavi, Rafael, Neymar, Ganso, Elano... O futuro maior jogo do planeta tem seus principais jogadores formados nas bases de seus clubes.

Conquistar um título que o rival não tem, dentro da "considerada" casa deles... Ah, como é bom ser santista!

Sim, nosso Peixe é grande! E atual campeão da América, rumo ao Japão.