Café sem açúcar

>)))º> Olá amigos do Bloglorioso!

Pois é, após três jogos sem vitória, o Lampadinha do Pardal queimou.

Caiu antes do esperado, é verdade. Mas, de certa forma, não havia mais clima nem tempo para Adílson Batista ficar testando suas inúmeras possibilidades em busca da melhor formação – A Libertadores já começou, ok?

Como é de praxe, tem os que defendam os números do inventor: 11 jogos = 5 vitórias, 5 empates e 1 derrota. O que dá cerca de 60% de aproveitamento – É ruim? Não, não é ruim, mas também não é bom como deveria ser – É aquele negócio, você ficaria satisfeito se seu filho passasse de ano no colégio com nota 6? Não seria melhor passar com 9? Em outros times, 60% pode ser regular ou bom, no Santos é pouco.

O fato de Adilson Batista ter sido mandado embora do Santos, não se baseia em números. Até porque, já vi técnicos com números inferiores, durarem mais tempo na Vila Belmiro. Pardal foi demitido por ter conseguido, em tão pouco tempo, acabar com a principal característica do time: a alegria.

Neymar não sorria mais e Elano não comemorava seus gols. E outra, você não precisa ser entendedor de futebol pra perceber que algumas coisas estão, no mínimo, diferentes.

No Santos, Adílson foi oito ou oitenta, irônico demais em suas entrevistas e autor de algumas invenções que não deram certo:

- Devido aos seus desarmes precisos, Arouca sempre foi primeiro volante. Como Possebon é mais alto e poderia ajudar a defesa na cobertura e no jogo aéreo, Adílson adiantou Arouca.
Resultado: além de lesionado e sem ritmo de jogo, com a tarefa de sair com a bola e apoiar o ataque, Arouca foi muito exigido fisicamente e voltou a sentir a contusão.

- Danilo voltou destacado da seleção sub20 como lateral. Danilo é lateral. Por um motivo que ninguém sabe qual, por algumas vezes Adílson o colocou como segundo volante.
Resultado: o Danilo voltou mesmo da seleção?

- Zé Love e Maikon Leite, destaques do time nos primeiros jogos, foram pro banco com a chegada de Neymar e Diogo. Detalhe: Neymar e Diogo jamais haviam jogado juntos. E outra, Adílson Batista não dá treino coletivo para gerar entrosamento. 
Resultado: "Neymar, esse é o Diogo, Diogo esse é o Neymar" - E mais uma, coincidência ou não, Zé Love e Maikon Leite já estão negociados com outros clubes.

- Neymar é ponta móvel. Hora na esquerda, hora na direita. Adílson o queria centralizado como pivô - Zé Love é um pivô, Keirrison é pivô e, se não me engano, Diogo também. Ao menos, essa era a posição em que ganhou destaque na Portuguesa.
Resultado: entrosamento zero e muita confusão tática no setor ofensivo. Muitos, mas muitos passes errados.

- Adílson escalou o time com três volantes quando não precisava e foi omisso no jogo de sábado, antes de ser demitido. A vitória diante o São Bernardo era importantíssima para enfrentarmos o Cerro Porteño, na quarta-feira, no mínimo com um ambiente melhor. Mas, quando Adílson deixou Danilo (perdido) em campo para trocar Jonanthan (cansado), por Pará, percebi até certa má vontade do mesmo em vencer o jogo, fazendo apenas alterações do tipo seis por meia dúzia.
Resultado: torcida enlouquecida na Vila Belmiro e uma demissão tão previsível quanto seu time dentro de campo.

É, eu queimei a língua. Pois defendi Adílson no Santos. Sempre o achei um cara dedicado ao futebol, estudioso de seus adversários e muito trabalhador. Mesmas qualidades que cativaram a diretoria do Santos, mas, infelizmente, no Peixe, o Pardal se deu mal.