Análise caiçara

"Aviso: Esse texto contém um linguajar bem praiano"

Ir até Barueri pra comemorar os 465 anos da melhor cidade do mundo, com o melhor time do mundo em campo é uma parada meio du doce, mas a certeza de uma bela apresentação deixava geral animada.

O jogo começou quente, estilo média que acabou de sair do forno. Não demorou muito pro Peixão envolver o time dos Smurfs. Antes dos 10 minutos, na pângua da zaga, Jonathan tabela com Maikon Leite, invade a área e toma um atropelo. Penalidade máxima que Elano de Sabugosa converteu com precisão e deu início a festa!

Chance pra ampliar o marcador não faltou.

Keirrison colocou Maikon Leite de frente pro crime, mas o goleirão salvou. Outra chance e Maikon bicou a bola pra lá da linha da máquina.

Enquanto lá na frente o Peixe era só pressão, lá trás a parada tava mais lenta que fila da balsa no ferry boat...

Primeiro foi a cobrança de escanteio. O Smurf subiu livre-leve-solto e testou com violência a redonda pra empatar. Depois, quase no fim da primeira etapa, mais uma bola displicente alçada na área, estilo um cruzamento de lelê-gol, e lá estava o muro baixo do Léo para perder a disputa de cabeça e a bola sobrar pro outro Smurf botar os caras na frente do placar.

O time voltou com Possebon no lugar de Jonathan e Pará assumiu a lateral direita. Logo as 3 minutos Keirrison fez seu primeiro gol de verdade pelo Peixe. Não tô falando de pilar a bola embaixo da trave, ou roubar a sobra de Elano de Sabugosa, to falando de gol de artilheiro, gol que se espera dele: Entortou, invadiu a área e tocou de bico. Isso sim é gol. E tudo igual no placar.

Depois do belo gol, K9 mostrou que o pão de cará que serviram no intervalo fez efeito e o moleque soltou uma castanhada violenta que explodiu no travessão.

Na pegada do ritmo alucinante e com o barulho da torcida, Elano (ó Elano) percebeu a pouca intimidade que o zagueiro Smurf tinha com a bola, colou na mais pura escama, tomou a redonda de seu pé e, quase sem ângulo, sapecou um foguete avassalador que fez a massa delirar! Era o Peixão na frente mais uma vez!

Elano e Róbson (o cara que não sabe o que é jogar com a 10) tiveram que sair mais cedo da festa, Rodriguinho e Moisés assumiram seus lugares. Os dois nem bem tiveram tempo de pegar uma maravilha pra comer e curtir um pouco, os caras alçaram outra bola na área e dessa vez, o Avatar Durval, que já devia ter tomado uns chup-chups de cachaça, fez corpo mole e o Smurf de nome Vandinho não perdoou. 3 x 3.

Ficamos só com o empate mas a invencibilidade intacta.

Agora é passar um errorex nessa apresentação estranha da nossa zaga, deixar que ela se vá feito um vento noroeste e começar a pensar no domingo.

Parabéns a minha querida cidade de Santos pela sua linda história e por ter o time perfeito para contar.

IOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOIOI